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07/07/2011

Procura-se Dudu, um maltês levado por ladrões

GIO MENDES
A veterinária Denise Prado, de 31 anos, já perdeu cinco quilos desde que seu cachorro Dudu, um maltês de três anos, foi roubado há um mês por ladrões que invadiram a casa dela no bairro Jardim, em Santo André, no ABC, Grande São Paulo. Desde então, Denise tem espalhado imagens do animal em todas as cidades do ABC e em bairros da zona leste da capital paulista, oferecendo algum tipo de recompensa para quem encontrar Dudu.

“Eu não tenho mais vontade de comer, não durmo direito e não consigo me concentrar no trabalho depois que o Dudu foi roubado”, diz a veterinária. A angústia de Denise é maior porque o maltês precisa de cuidados médicos. “O Dudu tem um problema crônico de alergia e precisa tomar medicamentos e comer ração especial. Ele é alérgico a pó, grama e a alimentos como carne de frango. Não é qualquer pessoa que pode cuidar dele”, afirma a veterinária.
Além de confeccionar centenas de faixas, cartazes e panfletos com a foto de Dudu, a veterinária tem usado as redes sociais da internet para divulgar o sumiço do maltês, na esperança de que alguma pessoa tenha visto o animal. “Acredito que um dos ladrões tenha levado o cachorro para vendê-lo ou para presentear uma namorada, pois o roubo aconteceu uma semana antes do Dia dos Namorados”, observa Denise.
As fotos de Dudu estão disponíveis no Orkut, no Facebook e no Twitter. Denise conta que enviou cerca de 500 cartas com cartazes do maltês para donos de pet shops e clínicas veterinárias poderem afixar as imagens nos estabelecimentos. Em todo o material, Denise menciona estar disposta a recompensar quem encontrar seu cão. A veterinária não fala em valores, mas promete conseguir outro filhote para dar à pessoa que, porventura, tenha comprado Dudu de alguém.
Denise é casada há oito anos, mas não tem filhos. “O Dudu era o meu bebezinho”, diz a veterinária, tentando controlar a emoção. Ela tinha adotado o maltês em junho de 2009, após duas pessoas que não se adaptaram com o comportamento agitado do animal o devolverem para o pet shop onde a veterinária trabalha.
A adoção de Dudu aconteceu logo depois de Denise ter dois animais de estimação mortos na sequência. Os vira-latas morreram em dezembro de 2008 e em abril de 2009. “Fiquei triste e tinha decidido não criar nenhum animal, até conhecer o Dudu”, diz Denise.
Especialista em comportamento animal, o professor de psicobiologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) Mauro Lantzman diz ser comum o dono de um animal de estimação sofrer com a perda dele, seja por morte ou pelo roubo do bicho. “Quando o vínculo afetivo entre dono e animal é rompido ou ameaçado, entra em funcionamento o que chamamos de comportamento de luto. Se eventualmente a pessoa tiver algum tipo de fragilidade, então o sofrimento vai ser mais intenso que o normal. É recomendável uma avaliação psicológica ”, diz Lantzman.



 http://blogs.estadao.com.br/jt-seguranca/procura-se-dudu-um-maltes-levado-por-ladroes/
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